Charles Manson

Conheça a biografia de Charles Manson

Filho de uma prostituta alcoólatra, Kathlee Maddox, que o teve aos 15 anos no Hospital Geral de Cincinnati. Ainda criança Manson passou a frequentar reformatórios juvenis nos Estados Unidos. Saiu da prisão aos 33 anos de idade, tendo permanecido preso por longos períodos desde os 9 anos.

Em 1968 ele formou uma comunidade alternativa em Spahn Ranch, perto de Los Angeles. Manson tinha ideias grandiosas e um grupo de amigos e admiradores, conhecidos como Família Manson. Eram homens e mulheres de famílias ricas que não tinham bom relacionamento com seus familiares e que, por isso, passaram a morar nas ruas da Califórnia.

Alguns dos admiradores de Manson o consideravam uma reencarnação de Jesus Cristo – uma analogia a ele abrir a vida dos jovens para “novos horizontes”. O próprio Manson, porém, sempre negou tal comparação.


A infância

Charles Manson nunca conheceu o pai. Herdou o sobrenome Manson de um breve casamento de sua mãe depois que nasceu. Passava a maior parte do tempo com a avó.

Uma época chegou a morar com os tios após a prisão de sua mãe. Seu tio espancava-o e abusava dele. Manson conta que, certa vez, sua progenitora chegou a vendê-lo num bar em troca de uma dose de bebida alcoólica.

Charles começou a roubar e foi mandado para um reformatório, mas, ao sair, continuou com os delitos. Por volta dos 12 anos de idade, procurou a mãe, que o rejeitou mais uma vez. Foi parar em outras instituições. Muitas vezes, fugia. Chegou a passar por avaliações psiquiátricas – numa destas, postulou-se que, por trás de suas mentiras e frieza, estava um garoto extremamente sensível, mas que não havia recebido amor suficiente.

Avaliou-se o seu quociente de inteligência, e era acima da média. Perto de receber a liberdade condicional, Manson sodomizou um garoto, com uma faca contra o pescoço do rapaz. Tinha já 17 anos. Foi, então, mandado para uma instituição mais segura. Abusou de outros homens. Aos 19 anos, pôde sair.

Na idade adulta

No ano seguinte, casou e teve um filho, Charles Manson Jr. Trabalhava em serviços de baixa especialização, pelos quais recebia pouco. Então, para completar sua renda, roubava carros. Foi parar novamente na prisão. Nisso, a esposa o largou. Três anos depois, saiu da prisão e se tornou cafetão. No ano seguinte, foi pego novamente, mas escapou com a ajuda de uma mulher que mentiu estar grávida dele.

Após dar um golpe financeiro em uma mulher, drogar e estuprar a colega de quarto dela, foi preso. Estava com 26 anos e deveria passar muitos anos encarcerado. Nesta época, descreve-se que Charles tinha grande necessidade de chamar a atenção para si mesmo. Era manipulador. Falava de filosofias pouco conhecidas na época, como o budismo e a cientologia. Outra obsessão eram os Beatles. Tinha um violão, e acreditava que, tendo oportunidade, seria maior que eles. Passava boa parte do tempo escrevendo músicas.

Aos 32, Charles saiu da cadeia e começou a arregimentar seguidores. Muitos eram meninas bem jovens e perturbadas emocionalmente. Além disso, usava de drogas como o LSD para influenciá-las. O guru Charles Manson pregava o abandono das “prisões mentais” engendradas pelo capitalismo. Conta-se que a “Família” acabou por se aproximar das ciências ocultas, como a “Ordem Circe do Cachorro Sanguinário”.

O grupo acabou conhecendo Dennis Wilson, do grupo Beach Boys. Tentaram explorá-lo, mas ele, depois, se livrou de Manson. Em 1968, foram parar no rancho. Sobreviviam não só de roubar, mas também de procurar comida em restos. Charles ainda tentava gravar um filme ou um disco.

Guerra racial

Charles dizia acreditar que iria acontecer uma grande guerra racial. Nessa fase os Beatles lançaram o que ficou conhecido como Álbum Branco. O disco trazia canções como “Revolution” e “Helter Skelter”. Era o “sinal” para Manson e sua família. A guerra deveria começar com crimes que deixassem os brancos realmente enfurecidos contra os negros.

Charles e sua “família” escapariam escondendo-se no deserto. Charles havia entendido, em um livro religioso, que havia no deserto uma entrada para uma cidade de ouro.

O crime



Em 9 de agosto de 1969, um pequeno grupo de conhecidos de Charles Manson invadiu uma casa alugada por Roman Polanski em Cielo Drive, 10050, Bel Air, assassinando sua esposa Sharon Tate — que estava grávida — e mais quatro amigos do casal. As vítimas foram baleadas, esfaqueadas e espancadas até a morte, e o sangue delas foi usado para escrever mensagens nas paredes. Em uma delas, foi escrito Pigs (“porcos” em inglês).

Na noite seguinte, o mesmo grupo invadiu a casa de Rosemary e Leno LaBianca, matando o casal. As mensagens escritas na parede da casa foram “Helter Skelter”, “Death to pigs” (“morte aos porcos”) e “Rise” (“subida”). Os assassinatos ficaram conhecidos como Caso Tate-LaBianca.

Segundo o promotor do caso, Vincent Bugliosi, os assassinatos tinham sido planejados por Charles Manson, apesar de ele não estar presente em nenhum dos dois. Bugliosi elaborou uma teoria chamada “Helter Skelter”. Segundo essa teoria o objetivo dos assassinatos seria começar uma guerra que, segundo Manson, seria a maior já travada na Terra e seria denominada “Helter Skelter”. O nome corresponde ao título de uma música dos Beatles em que, segundo o promotor, havia uma enorme quantidade de mensagens subliminares que teriam influenciado as ideias de Manson.

A condenação

Charles Manson, então com 37 anos, foi acusado de seis assassinatos e levado à Justiça, juntamente com ‘Tex’ Watson, Susan Atkins, Patricia Krenwinkel e Leslie Van Houten, de 19 anos. Manson alegou não ter participação em nenhum deles. Ele conseguiu provar isso, mas Bugliosi convenceu o júri popular que Manson poderia ter influenciado os jovens a matar.

Após o julgamento, Manson declarou o seu ódio profundo pela Humanidade, chamando os membros de sua “Família” de “rejeitados pela sociedade”. A promotoria se referiu a ele como “o homem mais maligno e satânico que já caminhou na face da Terra” e o quinteto foi sentenciado à morte em 1971. Mas, com a mudança nas leis penais do estado em 1972, a pena deles foi alterada para prisão perpétua.

Atualmente



Manson tem direito de, a cada cinco anos, ser ouvido quanto à possibilidade de liberdade condicional. Nem sempre comparece às audiências e, quando está presente, costuma ofender os oficiais e fazer piadas sobre a formalidade do processo. Ele permanece encarcerado na Penitenciária Estadual de Corcoran, na Califórnia, em unidade especial de isolamento da penitenciária.

Em sua última audiência, no dia 11 de abril de 2012, Manson não esteve presente. Nela, as autoridades concluíram que o criminoso era ainda muito perigoso para obter a liberdade condicional e deram um novo prazo para a revisão de seu caso. A próxima revisão acontecerá neste ano.

Na prisão de Corcoran ele vive de maneira quase solitária, tendo contato com um máximo de 15 presos, assassinos ligados a casos de impacto na opinião pública e sequestradores.

Em novembro de 2014, aos 80 anos, Manson recebeu da Justiça da Califórnia, permissão para se casar. Desistiu do casamento em fevereiro de 2015 após descobrir que sua noiva, Elaine Burton, 53 anos mais jovem que Manson, planejava expor seu cadáver em uma redoma de vidro após sua morte.

Pela Redação do Nefasto, com informações do FearOnline.

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